Demissões em massa nas gigantes: o que esperar do futuro? (Parte 02)

Demissões em massa nas gigantes: o que esperar do futuro? (Parte 02)

As demissões em massa nas gigantes de tecnologia geram grande preocupação para a sociedade. Não apenas para os seus stakeholders, bem como para todas as pessoas, incluindo clientes e concorrentes.

Para colaboradores e acionistas, por exemplo, as demissões em massa nas gigantes causam um tipo de desconforto. Para a sociedade, outros motivos preocupam, como mudança do mercado, desaceleração nos investimentos e crises econômicas.

As demissões em massa nas gigantes mundiais

Recentemente, Twitter e Meta, duas mega empresas de tecnologia, confirmaram o desligamento de grande parte de seu pessoal. Os motivos? Inúmeros deles. Entretanto, independentemente de quais sejam, as decisões dos gestores causou pânico no mercado.

Segundo o Layoffs.fyi, site especializado em acompanhar demissões na área de tecnologia, foram demitidos cerca de 120 mil funcionários. Os números se referem à realidade mundial, incluindo o Brasil.

A guerra da Ucrânia, a crise econômica vivida por diversos países e as demandas da pandemia são os principais. Porém, além destes fatores, citados no último artigo da Hora do Empreendedor, existem outras razões para os cortes. Contribuem com as demissões em massa nas gigantes:

  • A ampliação da robotização;
  • O incremento tecnológico;
  • A automatização de tarefas. 

O aumento da lucratividade e o retorno sobre o investimento para os acionistas também entram na conta.

A ampliação da robotização e o incremento tecnológico contribui com as demissões em massa nas gigantes. A automatização de tarefas, o aumento da lucratividade e o retorno sobre o investimento para os acionistas também entram na conta.

Casos de Twitter e Meta

Empresa de Marck Zuckerberg, a Meta é dona das redes sociais Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger.

Novo dono do Twitter, Elon Musk demitiu aproximadamente 7,5 mil colaboradores da rede social. No dia em que adentrou pelas portas da empresa, o homem mais rico do mundo segurava uma pia. Para muitas pessoas, o objeto tinha um claro significado da “limpeza” que o novo proprietário faria no local.

A redução de custos e as dificuldades enfrentadas pelo Twitter de angariar novos usuários e aumentar o lucro com o time atual são alguns motivos. Em meados de novembro, a imprensa norte-americana noticiou que Musk fez anúncios duros para os colaboradores. 

De acordo com repórteres e especialistas que cobrem o dia-a-dia do Twitter, Musk teria pedido comprometimento dos funcionários Segundo consta, era necessário que eles se comprometessem com uma cultura de “longas horas de trabalho em alta intensidade”. Caso contrário, poderiam pedir a conta.

O corte de gastos e a redução de custos também levou outra gigante norte-americana a demitir funcionários. É o caso da Meta, empresa dona do Facebook, de Mark Zuckerberg, que anunciou a demissão de 11 mil pessoas em novembro.

As contratações por empresas como a Meta eram óbvias após o boom de crescimento do setor tecnológico na segunda década dos anos 2000. Especialmente durante a pandemia, quando as pessoas precisaram ficar em casa, em companhia especialmente das redes sociais.

Com a mudança de cenário, a Meta, que chegou a empregar mais de 15 mil novos funcionários em nove meses, precisou demitir. O chamado excesso foi identificado há cerca de seis meses, quando Zuckerberg disse que muita gente trabalhava na empresa. De acordo com ele, “provavelmente, há um monte de pessoas que não deveriam estar aqui”.

As redes sociais, assim como Amazon e outras empresas de entregas, aumentaram seus lucros no início da pandemia. Contudo, após o primeiro ano, as empresas precisaram ajustar as contas internamente. E isso provocou uma onda de demissões em massa nas gigantes.

Funcionários do Twitter ainda convivem com o fantasma da demissão. De acordo com a Bloomberg, equipes que trabalham na empresa aguardam uma redução de 50% na força de trabalho na rede social.

Enquanto isso, Zuckerberg afirma que novos investimentos na Meta devem acontecer a partir de 2023. Entretanto, o dinheiro deve se concentrar em um “pequeno número de áreas de crescimento de alta prioridade”, afirma o CEO.

Em conferência sobre os resultados da empresa, Zuckerberg disse que pretende manter o tamanho da empresa ou ainda diminuir. “Algumas equipes crescerão significativamente, mas a maioria das outras equipes permanecerá estável ou encolherá no próximo ano”, finalizou.

As demissões em massa nas gigantes assustam, especialmente para quem trabalha nelas ou ansiava por uma vaga. Porém, é inviável pensar que essas empresas perderam o dinheiro e sua capacidade de reinventar.

No próximo artigo da Hora do Empreendedor, vamos levantar o questionamento se a fonte secou para essas empresas. Falaremos também do papel das startups na acolhida de funcionários que sofreram com as demissões em massa nas gigantes.

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Publicado por Ibraim Gustavo

Ibraim Gustavo: Jornalista, pós-graduado em Marketing e MBA em Comunicação e Mídia. Possui formação em Profissões do Futuro (O Futuro das Coisas) e no Programa de Capacitação da Nova Economia (Startse). Empreendedor, sócio-fundador e COO da Freestory.

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